Revista Música Brasileira

Diogo Nogueira confirma seu lugar de destaque na nova geração de sambistas do país. Não negando a hereditariedade, Diogo, neste seu quarto trabalho de estúdio, selecionou sambas e sambistas da moda. O repertório traz Almir Guineto, Dudu Nobre, Toninho Geraes, Pretinho da Serrinha, Xande de Pilares, Sombrinha, Arlindo Cruz e mostra um Jorge Vercillo, meio estranho no ninho, com boa letra de Paulo César Feital, homenagem a Candeia. Ao todo, 15 faixas, agradando a que dá o título, “Porta-voz da Alegria” (André Renato / Picolé), “Alma Boêmia” (Toninho Geraes / Paulinho Rezende) e “Pra que brigar “ (Adilson Bispo / Zé Roberto). As candidatas a músicas de trabalho são “Tenta a Sorte” (Picolé / Andre Renato) e “Clareou” ((Serginho Meriti / Rodrigo Leite). Para os do partido alto de plantão, admiradores do suingue do cantor e demais apreciadores do gênero. Se não é totalmente de raiz, ao menos é de boa mesa o samba de Diogo.

(*) escritor, autor da biografia de João do Vale