Cores
Rogério Rochlitz
Quando o histórico Trio Mocotó foi resgatado pelos fãs, voltando à ativa em 2001 com o disco Samba Rock, recebeu vários convites para tocar na Europa. Para dar conta dos teclados, onde haviam passado nomes como Laércio de Freitas e César Camargo Mariano, foi convidado o jovem Rogério Rochlitz, formado em música popular pela Unicamp.
O tecladista não decepcionou. Viajou muito, cresceu com o grupo, passou a mostrar suas composições. Participou de várias gravações, acompanhou outras feras, ao vivo e em estúdio. Hoje toca com o grupo Farufyno, e compõe trilhas para filmes e espetáculos de dança.
Rochlitz lança agora seu terceiro trabalho autoral (o primeiro foi em 1998). Cercado de bons músicos, passeia por diversos gêneros com competência e mostra criatividade como instrumentista, arranjador, produtor e autor (Cores, Pôr do Som, 2009).
E não pense que ele só faz samba-rock! Há desde temas jazzísticos de clássica elegância (Dia Cinza) até um maxixe elétrico (Mashish), passando por solos de piano (Meio Sonho) e obras de intrincada escrita camerística como Filarmônica da Chipônia, onde é acompanhado por um quinteto de sopros.
Excelente disco de música instrumental, de um compositor que mistura com sabedoria suíngue, invenção e lirismo.