10 Anos Depois
Renato Anesi
Poucos músicos transitam pelos instrumentos de corda com a naturalidade de Renato Anesi. Seu virtuosismo é dividido pelo violão clássico e de aço, bandolim, viola caipira, cavaquinho, violão tenor e requinto, e é difícil dizer qual ele toca melhor.
Depois de 2 discos independentes e muitos shows como solista ou acompanhante de outros feras, lança agora uma síntese de seu trabalho mais autoral. Acompanhado por Marquinhos Mendonça (violão), Zeli (baixo), e Adriano Busko (percussão), além de convidados especiais, regrava de forma afiada alguns temas dos CDs anteriores e apresenta quatro inéditas. De quebra, recupera “A Ginga do Mané”, composição de Jacob do Bandolim originalmente escrita para violão tenor, instrumento raro do qual é um dos mas destacados executores no Brasil.
Para quem não ouviu Rosa dos Tempos, seu trabalho anterior, este disco será uma revelação. As mesclas rítmicas tramadas por Anesi passeiam por vários gêneros, sem ser exatamente fiel a nenhum deles. Podemos dizer que há uma sonoridade “anesiana” marcante em seus temas, de límpida beleza. Mais que choro, frevo, maracatu, música ibérica, valsa, baião ou toada, o músico cria melodias e harmonias sem fronteiras, de empatia imediata.
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