Revista Música Brasileira

Pedimos licença, este mês, para homenagear neste Cardápio Musical que já deu diversas voltas no alfabeto – lembrando, de A a Z, os maiores nomes em todos os tempos da música brasileira e especialmente carioca –, para falar de um compositor que não é um carioca da gema; mas que de tanto amar e cantar o Rio de Janeiro, já é como se fosse.

No ano em que o Brasil musical festeja os 50 anos da bossa nova, um dos maiores nomes desse movimento crava 71 primaveras, criando como sempre e sorrindo feito um menino: estamos falando do mestre, maestro e artista maior Roberto Menescal. Menescal, o Menesca de todos os grandes nomes da MPB (já compôs e arranjou para quase todo mundo) é, na opinião insuspeita de Ivan Lins, “o mais importante músico da história da moderna música brasileira da segunda metade do século 20”.

É pouco? Pois foi exatamente quando a bossa nova dava os primeiros passos, em 1958, que despontava a bela carreira de compositor de Roberto Menescal – capixaba que é carioca desde sempre –, ao lado de nomes como Carlos Lyra, Tom Jobim e Ronaldo Bôscoli.

A batida do seu violão afinado, e a leveza dos seus arranjos, se tornaram mundialmente conhecidas. Canções suas como O barquinho, Você e Nós e o mar são hits eternos de Tóquio a Paris, nas escalas onde a bossa impera e o Menesca nada de braçadas.