Homenagens

Raul de Barros, o trombone de ouro

Por Luís Pimentel - 09/06/2009

Morreu nesta segunda-feira, dia 8 de junho, em Itaboraí (onde estava internado), no Rio de Janeiro, um dos maiores nomes do trombone, das gafieiras e da música brasileira: o maestro Raul de Barros, que estava com 93 anos e não resistiu a uma insuficiência renal e um enfisema pulmonar.

Tido por quem entende do riscado como o maior trombonista brasileiro de todos os tempos, Raul de Barros tocou em diversas orquestras e com músicos renomados, como Ary Barroso, Pixinguinha e Radamés Gnattali. O maestro tinha sido internado no final de maio, no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, na Região dos Lagos, com quadro de insuficiência respiratória, mas foi transferido no dia 3 de junho para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) o hospital em Itaboraí.

Autor de pelo menos um grande sucesso da MPB, o samba Na glória, Raul deixa cinco filhos (entre eles o compositor e percussionista Raul de Barros Filho) e a companheira Romilda, com que viveu nos últimos anos. Precursor no instrumento e na música de gafieiras, o maestro iniciou os seus estudos musicais ainda na juventude, e nunca parou de estudar, de tocar e de compor. No final dos anos 1930 iniciou a carreira de músico profissional, tocando em clubes de bairros e subúrbios do Rio, antes de brilhar nos principais dancings da cidade. Também acompanhou, em gravações, os maiores nomes da MPB.

Deixou, além do seu samba mais famoso, parcerias com Zé Kéti e Alberto Ribeiro, entre outros.