Homenagens

Paulo Renato: Cantor de MPB com toque latino

Por Átila Benevides - 10/10/2008

Paulo Renato, nascido em Pelotas - RS (1971), viveu grande parte de sua vida em Santa Vitória do Palmar e Chuí (RS). É pesquisador ativo da Música Popular Brasileira e suas variantes regionais; Participou de 15 CDs, shows e festivais.

O seu estilo concilia também com o erudito e música popular hispano americana. Seu trabalho tem sido apresentado em diversos estados do Brasil, além do exterior. Em seu repertório, Paulo Renato aborda temas sociais, culturais e políticos, com reflexões do cotidiano afetivo e existencial humano.

Tem trajetória musical de 19 anos, tendo gravado três trabalhos “Raiz de mim", “Viva vós”, e o mais recente, “Da alma prá ti. Hoje está em São Paulo, local onde estudou na Universidade Livre de Musica; No sul, estudou canto na Universidade Federal de Pelotas. Também estudou no Uruguai com o músico Alba Toneli.
 

Como você se interessou pela música?

Nasci em meio a música. Então foi naturalmente uma seqüência no que já era latente.
 

Quais sãos os artistas que influenciaram seu trabalho?

Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Almôndegas, Vitor Ramil...
 

Qual(is) as dificuldades de viver da arte aqui no Brasil?

Respaldo de projetos governamentais e privados que aumentem o leque de trabalho e estudo, uma política para os projetos existentes que de prioridade aos artistas independentes ("afinal quem tem pai não precisa de padrastos").
 

O governo dá poucos incentivos para a cultura? As pessoas também dão pouco valor?

Sim. As pessoas são só o resultado da falta de política e uma cultura voltada a atender os interesses de uma suposta cultura imposta pelo grande mercado. "Houve um tempo em que a produção artística e a criatividade estavam desvinculadas de interesses monetários e de poder".
 

Como você define seu estilo?

"MPB ESPÃNICO". Ele é pouco comum aqui no Brasil, porque é minha síntese do regional gaúcho, latino americano, erudito e popular brasileiro. Provavelmente outra pessoa que tivesse tido essa passagem musical resultasse em outro estilo, outra identidade.
 

Quantas músicas você tem gravadas?

Nunca contei. Mas somando os três CDs e as participações em CDs e festivais umas 45 músicas. São Três CDs no total.
 

É difícil conseguir uma gravadora no nosso país?

A gravadora até que não é difícil. O difícil é achar uma gravadora que queira investir na arte e no artista.
 

Qual o momento mais marcante na sua carreira artística?

O que estou.
 

Quais são seus sonhos e projetos a médio e longo prazo?

Gravar o CD "Vem"! E trabalhar... Meu grande sonho é sempre poder cantar mais e mais.