Homenagens

O brilho personalíssimo de Nilze Carvalho

Por Luís Pimentel - 17/07/2009

A cantora, compositora e instrumentista, que volta e meia espalha o seu lindo sorriso nos palcos brasileiros, nasceu num mês de julho, dia 28, em 1969. Nilze Carvalho é dona de uma das mais encantadoras vozes da música brasileira. Como se não bastasse, toca como poucos músicos deste país e tem o dom de encantar pela simplicidade e delicadeza.

Nilze começou a gravar discos desde criança, com os históricos volumes (quatro ou cinco) da série Choro de Menina, lançados no comecinho dos anos 80 – ela ainda bem pequenina, portanto. E continua gravando: nos últimos anos colocou no mercado CDs solos antológicos, como Estava faltando você (Fina Flor), disco pelo qual em 2005 foi indicada ao Prêmio Tim, na categoria de melhor cantora de samba, e Um ser de luz – saudação à Clara Nunes (Deckdisc), além de outros com o seu ótimo grupo Sururu na Roda, um ninho de cobras e de craques.

Filha e irmã de músicos, Nilze tem as cordas e o ritmo no DNA. Tocando cavaquinho ou bandolim, cantando músicas de sua autoria, dos músicos do seu grupo ou dos grandes nomes da MPB (como nos shows e discos Lembranças cariocas e O samba é minha nobreza), ela é hoje nome do primeiríssimo time da nossa arte maior, com o talento reconhecido e aplaudido por bambas como Nei Lopes, Zeca Pagodinho, Alcione e Dona Ivone Lara.

Carreira construída com muita luta e trabalho, brilho personalíssimo e divino, um astral que contagia. Sou seu fã, Nilze, e não é de hoje.