Homenagens

Chico Salles, um nordestino carioca

Por Gerdal José de Paula - 30/01/2020

Nascido em Sousa, mas "carioca da clara", dentro do ovo do Rio de Janeiro havia pouco mais de 40 anos, esteve Chico Salles, como se dizia no tempo em que aqui chegou, plenamente "inserido no contexto" da ambiência artístico-cultural da antiga capital do país. E, de tal forma, como observa Bráulio Tavares, outro paraibano de alto coturno e cordelista bem sextilhado como ele, no encarte de "O Bicho Pega" (CD lançado por Chico em 2010), que "a temática e a gíria carioca se infiltram nos seus versos; que algo do jeito sincopado de cantar já está presente na sua performance como intérprete; e sambas autênticos já marcam presença no seu repertório".

Também engenheiro e diretor cultural da ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel), Chico Salles, falecido, em 25 de novembro de 2017, aos 66 anos, vítima de insuficiência respiratória, teria aniversariado ontem, 29 de janeiro. É evocado, acima, em "Como Alcançar uma Estrela", de Miltinho Edilberto; "Masculina", de Chico Salles e Edu Krieger; "Forró na Gafieira", de Rosil Cavalcanti - participação de Josildo Sá; "Coco Trocado", de Jacinto Silva.

A tempo: a) dedico esta postagem ao compositor Roberto Serrão, querido amigo, parceiro do saudoso Chico. Este, na foto, ao lado de aviso de show dele na extinta Moviola, em Laranjeiras, mostra, simbolicamente, que um bom artista, como ele, nunca sai de cartaz. Pode até ficar meio esquecido, mas será sempre merecedor de boa lembrança.