Homenagens

Baden Powell e o violão eterno

Por Luís Pimentel - 24/07/2009

O violão mais rápido e certeiro que o Rio de Janeiro gerou, o Brasil aplaudiu e o mundo inteiro bateu continência nasceu no interior do Estado, em Itaperuna, mas foi a vida inteira um carioca da gema – pois no Rio (onde chegou bebê de colo) ele afinou e perfilou o seu instrumento, no Rio conheceu parceiros eternos como Vinicius de Moraes e Paulo César Pinheiro, do Rio partiu para ganhar e encantar o mundo.

Nascido no dia 6 de agosto de 1937, o violonista, arranjador e compositor Baden Powell, nome que é uma grife de elegância, competência e bom gosto, era filho de um sapateiro e músico amador – o que provavelmente influenciou em sua escolha profissional. Passou a infância na Zona Norte do Rio, entre Vila Isabel e São Cristóvão, e quando atravessou o túnel foi descobrir a noite, as grandes parcerias, as vozes e as melodias que muito contribuíram para o seu aprimoramento.

Instalado na Zona Sul, Baden integrou o trio do pianista Ed Lincoln, tocando jazz na Boate Plaza, em Copacabana. No final dos anos 60 já era respeitado como um violonista primoroso, começando a criação e solidificação de sua obra, que inclui preciosidades como Samba da bênção (com Vinicius), Lapinha (com Paulinho Pinheiro), e A estrela e a cruz (com Billy Blanco). Gravou alguns discos marcantes, como Um violão na madrugada, Baden Powell à vontade e Os afro-sambas de Baden e Vinicius.

O grande artista brasileiro morreu no ano 2000.