Especial

Dolores Duran, a Bochechinha do Stanislaw

Por Luís Pimentel - 09/06/2008

A capacidade de fazer e de cultivar amigos só era comparada à de Vinicius de Moraes. Esses amigos acompanharam os seus passos ao longo da vida, e um deles, Sérgio Porto (o Stanislaw Ponte Preta), escreveu no dia de sua partida, em 24 de outubro de 1959: “A Bochechinha (apelido íntimo de palco e de copo) chegara às seis da manhã, dissera à emprega para acordá-la somente na hora de ir trabalhar. Não fora assassinada. Ninguém mataria Dolores Duran”.

Ela nascera Adiléa da Silva Rocha, no dia 6 de junho de 1930, filha do sargento da Marinha Armindo José da Rocha e de Josefa Silva Rocha, na Rua do Propósito (bom propósito), no bairro da Saúde (bom palpite). Ao perder o pai, aos 12 anos, ganhou um nome artístico e foi à luta, começando nos programas vespertinos da Rádio Tupi. Cantou todas as paixões e compôs algumas, como a antológica A noite do meu bem, Deus me perdoe e Fim de caso. Amava a boemia, a alegria, a noite. Morreu dormindo, mas foi por descuido.