Revista Música Brasileira

Entre os inúmeros pontos de honra desta diva internacional do canto clássico, um a enchia de orgulho: ter sido a intérprete favorita do maestro Villa-Lobos (imortalizou a Bachiana n.º 5, das Bachianas Brasileiras, as peças mais conhecidas e mais amadas do compositor). Bidu (Balduína de Oliveira Sayão), foi uma carioca do mundo, nascida no dia 11 de maio de 1902, e encantou os apreciadores do belo canto por mais de quatro décadas.

Iniciou seus estudos musicais no Rio e, aos 18 anos, fez sua estréia no Teatro Municipal. Depois estudou na Romênia, na França e na Itália – em Roma, cidade que a viu nascer para o teatro lírico. Em 1995 voltou à terrinha, para ser homenageada pelo enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.

Sua simplicidade, delicadeza e elegância emocionaram o público presente à Marquês de Sapucaí. Mostrou-se muito feliz e prometeu voltar, pois aqui planejava celebrar o seu centenário, “olhando para a Baía de Guanabara”, mas não conseguiu.

Bidu Sayão morreu nos EUA, em 1999, aos 96 anos, no Estado do Maine, onde morava.