Revista Música Brasileira

Marcado como o maior grupo vocal da história da música popular brasileira, a banda “Roupa Nova” coleciona sucessos ao longo de mais 20 anos de estrada. Formada pelos músicos Paulinho (Voz, percussão e vocal), Serginho Herval (Bateria, voz e vocal), Nando (Baixo, voz e vocal), Kiko (Guitarra, violões e vocal), Cleberson Horsth (Teclados e vocal) e Ricardo Feghali (Teclados, voz e vocal), o grupo com certeza já teve a nossa admiração em algumas de suas obras mais conhecidas. Canções como “Anjo”, “Dona”, “Whisky a Go-Go” e “Coração Pirata”, já fazem parte de um repertório fundamental para quem curte uma boa MPB.

Homônima ao título da música de Milton Nascimento e Fernando Brant, a banda começou sua história na década de 70, com a união de dois grupos locais, “Os Famks” e o “Los Panchos”. Com a predominância de integrantes na primeira banda, o conjunto gravou apenas dois discos, em 1975 e 1978, mas sem o retorno almejado.

No entanto, o sucesso só começou na década de 80 quando, ao gravarem uma vinheta de Natal para uma rádio do Rio de Janeiro, conheceram o então produtor musical, Mariozinho Rocha, que ficou muito surpreso com a qualidade musical dos caras que até então, tocavam em bailes pela cidade. Começando com uma reestruturação no nome da banda – de “Os Famks”, passaram definitivamente para “Roupa Nova” –, Rocha alçou um trabalho primoroso rumo ao estrelato do conjunto.

Em 1981, já com o novo nome e com a produção de Rocha, o primeiro disco: “Roupa Nova”, trouxe canções que são lembrados até hoje como “Sapato Velho”, “Canção de Verão” e “Roupa Nova”. Com um espantoso sucesso, o grupo lançou seu segundo EP no ano seguinte, com “Lumiar”, “Vôo Livre” e “Clarear”. No entanto, foi apenas em 1983, ao lançarem o seu terceiro disco, também pela Polygram, que se fixaram de vez no cenário nacional com um de seus maiores sucessos: a música “Anjo”.

Entre tantos outros discos e releituras, é evidente uma homenagem ao grupo que possui uma imensa discografia impecável, mais de 20 músicas em trilhas de novelas, diversas coletâneas, além de um eficiente trabalho de estúdio, o que os torna músicos bastante requisitados e refinados para gravações.

Vida longa ao “Roupa Nova”!