Artigos

A caminho, o segundo CD de Mariana Baltar

Por Vera Perfeito - 24/07/2009

Uma cantora brasileira com os olhos voltados para o que há de novo na música popular, assim se define Mariana Baltar, elogiada cantora pela crítica em seu primeiro CD, Uma dama também quer se divertir. O sucesso levou-a à indicação na categoria Revelação no Prêmio Tim de Música 2007. Agora, ela parte para a gravação de seu segundo álbum independente (ainda sem título), entre julho e agosto, e que estará nas prateleiras antes do final do ano.

– O repertório ainda não está totalmente fechado, mas tem foco em canções inéditas de compositores como Pedro Moraes e Thiago Amud na marcha-rancho Carnaval em agosto e Edu Kneip com Thiago em Sonâmbulo, bolero que deu nome ao grupo criado pela dupla de compositors, Os Sonâmbulos, a que pertenço juntamente com os músicos Sérgio Krakowski, Gabriel Geszti, Rui Alvim e Pedro Paes. Regravações? Há espaço para algumas poucas, como a animadíssima Tia Eulália na xiba, de Cláudio Jorge e Nei Lopes – conta.

Dançando desde os três anos de idade, Mariana envolveu-se com o universo das gafieiras na adolescência, quando se tornou bailarina e professora de dança de salão da Cia. Aérea de Dança, que deu origem ao Circo Voador. Com o grupo, rodou os EUA e Europa em turnês e acompanhou artistas como Jorge Ben Jor e Zeca Pagodinho. Dessa convivência nasceu a vontade de estudar canto. Foi vocalista de Daúde e de Jorge, além de integrar o projeto Gafieira Dance Brasil, de Paulo Moura e Cliff Korman, atuando como cantora e bailarina em shows pelo mundo.

– Fui também uma das idealizadoras do Centro Cultural Carioca onde animei as noites de sábado da casa por quatro anos. Como o bom filho a casa torna, estou lá de volta em curta-temporada nas noites das quintas-feiras deste mês de julho. Tocando comigo, estão alguns dos músicos envolvidos na produção e na gravação do CD que vem por aí. O time luxuoso conta com Josimar Carneiro (violão sete cordas), Jayme Vignoli (cavaquinho), Marcílio Lopes (bandolim), André Boxexa (bateria/percussão) e Paulino Dias (percussão). Encontrar a sonoridade do meu novo trabalho é peça-chave para o resultado da gravação numa fase em que me sinto mais amadurecida para enfrentar desafios como intérprete – diz Mariana.